Corrêa Filho, Virgílio. A Defesa. Página 540-544. In: Corrêa Filho, Virgílio. História de Mato Grosso. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1969.
Segundo relatos do prof. Corrêa Filho, em 1º de janeiro de 1865 chega a Cuiabá a notícia da invasão das tropas paraguaias sob comando de Solano Lòpez ao território de Mato Grosso. No dia 7 com a chegada do vapor “Paranhos” tem-se a noticia da tomada de Corumbá e do vapor Anhambaí.
O terror tomou conta da capital, o Presidente da Província, aciona a Guarda Nacional e o povo cuiabano às armas. O Corpo de Voluntários Cuiabanos, com os reforços do 1º Batalhão dos Nacionais e pelo 2º, 3º e 4º, determinou que fortificasse a colina do Melgaço, sob o comando do Coronel Hermenegildo Pôrto Carreiro.
Como já circulava navios paraguaios pela Barra do Cuiabá, reúne Pôrto Carreiro, Comandante da Expedição, o Conselho de Oficiais, que opinam pelo abandono de Melgaço e o regresso à Cuiabá. O ato correspondia a confissão prévia da derreta, sem luta, como em Corumbá.
O Presidente nomeia Augusto Leverger como Comandante Superior de toda Guarda Nacional da Província de Mato Grosso, que ao encontrar as força embarcada assumiu o comando e num gesto de confiabilidade convoca os soldados:
marchemos, senhores, a guarnecer o ponto abandonado e quando não possamos impedir a passagem do inimigo, que ao menos façamos conhecer que protestamos por meio da artilharia. Que me acompanhe quem quiser.
Com a adesão da grande maioria, partem no vapor “Cuiabá”. Conseguiu animar os homens e dissipar a insegurança da capital. Quando da normalizada a situação, solicitou dispensa dos cargos e na sua volta, foi recebido com louvores pela população cuiabana.
Foi levado ao posto de Presidente pela Carta Imperial de 2 de outubro, passando por dificuldades em repor os armazéns.
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