Maria Taquara - Escultura de Rosylene Pinto
da Fuzuê da Arte
Segundo
Octayde Jorge da Silva (1994:46-48) falando do tempo em que trabalhava no antigo
16º BC (também conhecido como Batalhão dos Cuiabanos), onde existiam poucas residências
além do Quartel, havia uma estrada carroçável, a esquerda, sendo quase um atalho,
para chegar ao “Campo de Aviação”, assim era chamado o aeroporto, onde
aterravam e decolavam, do “cerradão” cheio de buracos e tropeços e às vezes,
mato ralo, os possantes, corajosos e desbravadores DC3, da Cruzeiro, da Panair,
da Nacional, da Viabrás. Havia também um cavaleiro dessa estradinha, Maria
Taquara, tinha uma tapera por ali. Figura folclórica, alta magra, mais
“empinada” que esguia, vestindo “camiseta de malandro” e calças compridas de
homem. Maria Taquara ou Maria-Homem era figura-susto das esquinas cuiabanas.
Ficava imóvel sempre, olhar no infinito, despercebido do que se passava a
derrotar, só uma coisa lhe perturbava o comportamento de quem está num posto de
observação: o grito “Maria Taquara”. Ao qual respondia com um palavrão ou uma
pedrada. Depois, o desequilíbrio mental trouxe-lhe também certa apatia pela
comunicação e ela foi mais esfinge do que gente. Tanto assim que,
folcloricamente virou “estátua”, por obra e arte de uma invenção.
Obra do Artista Aroldo Civis Tenuta
Pelas mãos de
Aroldo Civis Tenuta, filho de Antonio Tenuta e Palmyra Palma Tenuta, forjou em
ferro a escultura de uma lavadeira – Maria Taquara – que trazia de sua
lembrança de menino passada em Cuiabá. Mede 4,20 de altura e pesa 450 quilos,
doada pelo artista à cidade de Cuiabá em memória de seus pais, localiza-se na
Ladeira da Igreja do Bom Despacho, próximo ao córrego da Prainha, que corre já
canalizado para o Rio Cuiabá, abaixo da via Prainha ou Ten. Cel. Duarte, praça
que também leva o nome de Maria Taquara.
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