28 de mai. de 2011

A realidade social e a educação por projetos: perspectivas para uma nova prática educativa

No livro Entre o passado e o futuro Arendt dialoga sobre a crise na educação, no capítulo 5, foi a primeira de várias discussões sobre didática que permeou o semestre letivo de 2010.


Desse debate ficou fixo, em mim, o porque Joãozinho não sabe ler, apesar de ter garantido por lei o direito a educação.Talvez porque exista um problema na educação, que segundo Arendt está no fato de, por sua natureza, não poder esta abrir mão nem da autoridade, nem da tradição, e ser obrigada, apesar disso, a caminhar em um mundo que não é estruturado nem pela autoridade nem tampouco mantido coeso pela tradição.


Para que Joãozinho saiba ler é necessário um caminho que segundo Hernàndez é a educação por projetos. Então o que seria esses projetos? Projetos constituem um luagr que em sua dimensão simbólica compreende a aproximação com a identidade do aluno que favorece a construção da subjetividade, onde o currículo é a solução de continuidade e onde o que aconte fora dos muros escolares faz parte da aprendizagem.


Na direçaõ desse pensamento o projeto vai além dos limites curriculares, realiza atividades práticas, os temas são apropriados ao interesse e ao estado de desenvolvimento dos alunos, ocorre experimentações como visitas e convidados, é realizada pesquisa, procura-se diferentes fontes de informação, ocorre tanto o trabalho individual quanto em grupos pequenos ou com toda a sala de aula.


Como exemplo de um trabalho com projeto, faço menção ao fime Escritores da Liberdade. Um filme que retrata uma professora que ao entender a realidade de seus alunos, vindos de guetos diferente e que possuiam uma rivalidade ligada a sua raça (negros, latinos e brancos), onde tinham que ser leal ao igual enquanto o diferente era inimigo, consegue tirar da própria vida dos alunos, material para conduzi-los, não somente para ler e escrever, mais para pensar criticamente o mundo em que vivem.


Essa professora parte do tema racial, usando como pano de fundo a perseguição emorte dos judeus, inicia junto com os alunos pesquisas, visitam memoriais, leem livros, em especial o Diário de Anne Frank, levam a escritora ao colégio onde é proferida uma palestra, fazem a relação entre o tema e suas vidas e dessa forma elaboram o seu próprio conhecimento.


O filme mostra toda a etapa descrita por Hernandez como a primeira caracterização de um projeto de trabalho, bem como os resutltados que é à participação dos alunos no processo de pesquisa, a participação no planejamento de sua aprendizagem, tornou-se flexíveis, reconher o outro e compreender seu próprio entorno pessoal e cultural.


Talvez essa solução seja uma boa perspectiva à crise da educação, citando Arendt preparando-as em vez disso com antecedência para a atarefa de renovar um mundo comum.


Que possamos pensar, eu futura educadora e aqueles que já o são, que os projetos constituem, segundo Hernàndez, um planejamento de ensino e aprendizagem onde a aquisição de estratégias cognitivas estão ligadas ao estudante como responsável pela sua própria aprendizagem.


Oxalá, pensemos nessa maneira de ensinar Joãos e Marias orientados para estabelecimento de relações entre a vida deles e o conhecimento das disciplinas.

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