31 de mai. de 2009
25 de mai. de 2009
Em comum a todos os povos: o Nome – Parte I
“... a história de um povo ou de uma nacionalidade é a história de seus grandes homens.” Apud. Tancredo Amaral. História de São Paulo.
Assim cada homem tem um nome, que para Regina Obata “é um rótulo de identificação social e uma marca de individualidade que, de alguma forma, transmite um adjetivo abstrato a seu portador. É um atributo voluntário transmitido ou, melhor dizendo, impostos pelos pais ao filho e que pode até abrir ou fechar portas durante sua caminhada”.
Segundo Suzana J. de Oliveira , (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4811), “todo ser humano tem direito a um nome, vimos inclusive, que a Declaração dos Direitos da Criança, estabelece o nome como necessidade primaz do indivíduo, tanto quanto, a vida”.
O nome para Regina Obata pode ser uma escolha religiosa, adotando nomes bíblicos, por motivos familiares ou de amizades, adotando nomes dos pais ou avós ou um benfeitor, por motivos políticos ou históricos, adotando o nome de personalidades ou fatos históricos; uma homenagem a um ator ou atriz, cantor ou cantora que mais se goste. Ela cita um fato que após a Primeira Guerra Mundial uma mãe de Araraquara, município de São Paulo, quis dar ao filho o nome de Neutro, que poderia ser tanto Neutro Dutra ou Neutron Machado Pereira (*).
Já Pandiá Pându, descrê que “na Idade Média, comumente se usava ajuntar ao nome de batismo o nome próprio do pai para distinguir pessoas diferentes, mas que eram possuidores de nome idêntico. Deste modo surgiram os chamados patronímicos. Assim, José Álvares significa José, filho de Álvaro; Fernando Fernandes significa Fernando, filho de Fernando. Modernamente os nomes de batismo deixaram de indicar filiação, e hoje são empregados como simples agnomes”.
Alguns exemplos de patronímicos portugueses com os nomes de que eles derivaram:
Álvares – Álvaro Fernandes – Fernando Gonçalves – Gonçalo
Antunes – Antonio Sanches – Sancho Vasques – Vasco, Velasco
Peres – Pero Lopes – Lopo Ramires – Ramiro
Soares – Soeiro Pais – Paio Mendes – Mendo
Henriques – Henrico Martins – Martinho Nunes – Nuno
Rodrigues – Rodrigo
Nos textos antigos, aparecem ao lado do nome de batismo, cognomes e apelidos de batismo que visavam estabelecer distinção entre as diversas pessoas, portadoras do mesmo nome. Esses apelidos provinham de certas circunstancias ou características a elas intimamente ligadas como: físicas ou morais: Bravo, Louro, Leal, Gordo, Valente; nomes de cidades: Braga, Bragança, Coimbra, Guimarães, Porto; de arvores ou plantas: Carvalho, Figueira, Nogueira, Oliveira, Pereira; de animais: Carneiro, Coelho, Leitão, Raposo, Rato; de aves ou pássaros: Gallo, Ganso, Pardal, Perdigão; acidentes geográficos: Ribeiro, Rio, Lago, Costa, Monte; de ocupações ou profissões: Guerreiro, Lavrador, Senador, Serrador, Moleiro, Cutileiro, Monteiro, etc.
Para Jesualdo Eduardo de Almeida Junior, (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5638), “no volver da história, o nome das pessoas sempre ocupou um papel de imprescindibilidade. Entre os gregos, esse nome era único e individual (Sócrates, Sófocles etc). Aliás, essa era a tendência dos povos da Antiguidade. Coube aos hebreus o início da inclinação em se assegurar o sobrenome enquanto característica da família a que pertencia a pessoa. Assim, nomes como José, filho de Jacó, Davi, filho de Jessé etc, passaram a ser comuns entre os judeus do passado. Os romanos tinham, basicamente, três nomes: o prenome, para distinção entre os membros da família; o nome, que se referia à família (gens), e o cognome, que distinguia as diversas famílias de uma mesma gens. Os saxões incorporaram son para demonstrar que alguém era filho de outro. Assim, Peterson era o filho de Peter. No sistema brasileiro atual, o nome da pessoa compõem-se de um prenome e do respectivo apelido de família. Prenome é a expressão que invidualiza a pessoa, ao passo que o sobrenome é o nome de sua família. Portanto, todos têm direito de serem individualizados dentre os integrantes de sua família”.
Com os modismos que são inerentes ao brasileiro, os nomes José, João e Maria, vem sendo substituídos por outros estrangeiros e até pela tão grande criatividade do seu povo, como por exemplo(*): Abecedil Lourenço Dias; Abecelirio da Penha Azevedo; Abrilina do Rego Barros Gregorius; Abrilina Sanhudo da Rosa; Adolfo Hitler Modesto da Costa; Agrícola Arrubes; Aldegol Oliveira Paulino; Amante Amadeu Pozzobom; Antonio Americano do Brasil Borges; Antonio Ernane Cacique de New York; Areia Afonso Pereira; Areiadna Filomena de Souza; Aspirina Segura Bearari; Asteróide Deleste Lumertz; Audifax Rios; Bacon Bandeira Teles Mascarenhas; Bailão de Jesus Santos; Bizarro Santo de Assada; Bom Filho Giusepe Verza; Cardial Ferreira de Araújo; Cardijan Pacheco de Souza; Cassal Aires de Lima; Chana de Deus Campos; Chanaina de Belém Viana; Chaplin Disney Ferreira Mendonça; Chikako Suga de Melo; Cincero de Deus Patrício Rolim; Danúbio Baiano de Souza; Danúbio Calçada Coelho; Deus e Mar Gonçalves da Silva Freitas; Deus Edivino Conceição Pinto; Disney de Jesus Salvador; Disney Jetson de Jesus Pereira; Disney Tone Luiz Negrão; Disneyhara Edna de Almeida; Disneys Pinto da Silva; Epílogo Campos do Nascimento; Espere Carvalho da Silva; Esperegildo Lourenço do Nascimento; Esperendeus Rihs; Esperendiuz Otoni de Medeiros; Esperentina Maria do Céu; Esperetuzia Caldas da Silva; Faraó Pinto da Silva; Fracalino Vieira de Sousa; Francisoco Furtado Jorge; Ford Ayres de Almeida; Geógrafo dos Santos Lucena; Hipotenusa Silveira da Silva; Horineia Vargas Coelho; Idiotildes da Silva Killes; Janeiro Nitatori; João de Deus Sacramento; Lúcifer Brendler; Medico Fogaça; Medicon Cardoso da Silva; Misericórdia Maria da Gloria da Silva; Monte Calmo Avellar Pinto; Novembrina dos Prazeres Guedes; Novembrino Fortunato Pereira; Orque Alessandro Duarte da Silva; Orquedelia da Pacificação; Pacifico Américo Camillozzi; Pastor Coronel Maciel; Prazer Chinal de Jesus; Prazeres da Gloria Magro Alves; Presolina Coelho; Primeira Delicia Figueiredo Azevedo; Prodamor Nunes Candeira; Queijone Peixoto Lacerda; Querido Ângelo Negri; Querida Caritas Camargo; Rocambole Souza; Radigunda Leal Bandeira; Rolando Arno Dams; Sportelli Ambrosio de Carvalho; Sol Ponte Rodrigues; Supervania Moura Lima; Tesfero Sandro de Jesus; Telesford Manoel do Carmo; Torras Soares da Silva; Ultimo Caçador; Ultima Ambrozio; Vaginalda Santos da Freire; Vagino Celestino; Volkslania Sousa Moreira.
(*) Nomes extraído de uma antiga lista do extinto INPS; do Artigo O Fantástico Mundo dos Nomes Esquisitos de 18/06/2002; postado por Guido Carlos Piva na Usina das Letras (www.usinadeletras.com.br); Listas telefônicas on-line; Listas de Classificados em Vestibulares/Concursos; dos livros O livro de nomes de Regina Obata, Que nome darei ao meu filho? de Pandiá Pându, Todos os nomes do mundo, Nome Próprios Pouco Comuns de Mario Souto Maior; e coletados por amigos que sabem da minha lista de nomes.
Assim cada homem tem um nome, que para Regina Obata “é um rótulo de identificação social e uma marca de individualidade que, de alguma forma, transmite um adjetivo abstrato a seu portador. É um atributo voluntário transmitido ou, melhor dizendo, impostos pelos pais ao filho e que pode até abrir ou fechar portas durante sua caminhada”.
Segundo Suzana J. de Oliveira , (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4811), “todo ser humano tem direito a um nome, vimos inclusive, que a Declaração dos Direitos da Criança, estabelece o nome como necessidade primaz do indivíduo, tanto quanto, a vida”.
O nome para Regina Obata pode ser uma escolha religiosa, adotando nomes bíblicos, por motivos familiares ou de amizades, adotando nomes dos pais ou avós ou um benfeitor, por motivos políticos ou históricos, adotando o nome de personalidades ou fatos históricos; uma homenagem a um ator ou atriz, cantor ou cantora que mais se goste. Ela cita um fato que após a Primeira Guerra Mundial uma mãe de Araraquara, município de São Paulo, quis dar ao filho o nome de Neutro, que poderia ser tanto Neutro Dutra ou Neutron Machado Pereira (*).
Já Pandiá Pându, descrê que “na Idade Média, comumente se usava ajuntar ao nome de batismo o nome próprio do pai para distinguir pessoas diferentes, mas que eram possuidores de nome idêntico. Deste modo surgiram os chamados patronímicos. Assim, José Álvares significa José, filho de Álvaro; Fernando Fernandes significa Fernando, filho de Fernando. Modernamente os nomes de batismo deixaram de indicar filiação, e hoje são empregados como simples agnomes”.
Alguns exemplos de patronímicos portugueses com os nomes de que eles derivaram:
Álvares – Álvaro Fernandes – Fernando Gonçalves – Gonçalo
Antunes – Antonio Sanches – Sancho Vasques – Vasco, Velasco
Peres – Pero Lopes – Lopo Ramires – Ramiro
Soares – Soeiro Pais – Paio Mendes – Mendo
Henriques – Henrico Martins – Martinho Nunes – Nuno
Rodrigues – Rodrigo
Nos textos antigos, aparecem ao lado do nome de batismo, cognomes e apelidos de batismo que visavam estabelecer distinção entre as diversas pessoas, portadoras do mesmo nome. Esses apelidos provinham de certas circunstancias ou características a elas intimamente ligadas como: físicas ou morais: Bravo, Louro, Leal, Gordo, Valente; nomes de cidades: Braga, Bragança, Coimbra, Guimarães, Porto; de arvores ou plantas: Carvalho, Figueira, Nogueira, Oliveira, Pereira; de animais: Carneiro, Coelho, Leitão, Raposo, Rato; de aves ou pássaros: Gallo, Ganso, Pardal, Perdigão; acidentes geográficos: Ribeiro, Rio, Lago, Costa, Monte; de ocupações ou profissões: Guerreiro, Lavrador, Senador, Serrador, Moleiro, Cutileiro, Monteiro, etc.
Para Jesualdo Eduardo de Almeida Junior, (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5638), “no volver da história, o nome das pessoas sempre ocupou um papel de imprescindibilidade. Entre os gregos, esse nome era único e individual (Sócrates, Sófocles etc). Aliás, essa era a tendência dos povos da Antiguidade. Coube aos hebreus o início da inclinação em se assegurar o sobrenome enquanto característica da família a que pertencia a pessoa. Assim, nomes como José, filho de Jacó, Davi, filho de Jessé etc, passaram a ser comuns entre os judeus do passado. Os romanos tinham, basicamente, três nomes: o prenome, para distinção entre os membros da família; o nome, que se referia à família (gens), e o cognome, que distinguia as diversas famílias de uma mesma gens. Os saxões incorporaram son para demonstrar que alguém era filho de outro. Assim, Peterson era o filho de Peter. No sistema brasileiro atual, o nome da pessoa compõem-se de um prenome e do respectivo apelido de família. Prenome é a expressão que invidualiza a pessoa, ao passo que o sobrenome é o nome de sua família. Portanto, todos têm direito de serem individualizados dentre os integrantes de sua família”.
Com os modismos que são inerentes ao brasileiro, os nomes José, João e Maria, vem sendo substituídos por outros estrangeiros e até pela tão grande criatividade do seu povo, como por exemplo(*): Abecedil Lourenço Dias; Abecelirio da Penha Azevedo; Abrilina do Rego Barros Gregorius; Abrilina Sanhudo da Rosa; Adolfo Hitler Modesto da Costa; Agrícola Arrubes; Aldegol Oliveira Paulino; Amante Amadeu Pozzobom; Antonio Americano do Brasil Borges; Antonio Ernane Cacique de New York; Areia Afonso Pereira; Areiadna Filomena de Souza; Aspirina Segura Bearari; Asteróide Deleste Lumertz; Audifax Rios; Bacon Bandeira Teles Mascarenhas; Bailão de Jesus Santos; Bizarro Santo de Assada; Bom Filho Giusepe Verza; Cardial Ferreira de Araújo; Cardijan Pacheco de Souza; Cassal Aires de Lima; Chana de Deus Campos; Chanaina de Belém Viana; Chaplin Disney Ferreira Mendonça; Chikako Suga de Melo; Cincero de Deus Patrício Rolim; Danúbio Baiano de Souza; Danúbio Calçada Coelho; Deus e Mar Gonçalves da Silva Freitas; Deus Edivino Conceição Pinto; Disney de Jesus Salvador; Disney Jetson de Jesus Pereira; Disney Tone Luiz Negrão; Disneyhara Edna de Almeida; Disneys Pinto da Silva; Epílogo Campos do Nascimento; Espere Carvalho da Silva; Esperegildo Lourenço do Nascimento; Esperendeus Rihs; Esperendiuz Otoni de Medeiros; Esperentina Maria do Céu; Esperetuzia Caldas da Silva; Faraó Pinto da Silva; Fracalino Vieira de Sousa; Francisoco Furtado Jorge; Ford Ayres de Almeida; Geógrafo dos Santos Lucena; Hipotenusa Silveira da Silva; Horineia Vargas Coelho; Idiotildes da Silva Killes; Janeiro Nitatori; João de Deus Sacramento; Lúcifer Brendler; Medico Fogaça; Medicon Cardoso da Silva; Misericórdia Maria da Gloria da Silva; Monte Calmo Avellar Pinto; Novembrina dos Prazeres Guedes; Novembrino Fortunato Pereira; Orque Alessandro Duarte da Silva; Orquedelia da Pacificação; Pacifico Américo Camillozzi; Pastor Coronel Maciel; Prazer Chinal de Jesus; Prazeres da Gloria Magro Alves; Presolina Coelho; Primeira Delicia Figueiredo Azevedo; Prodamor Nunes Candeira; Queijone Peixoto Lacerda; Querido Ângelo Negri; Querida Caritas Camargo; Rocambole Souza; Radigunda Leal Bandeira; Rolando Arno Dams; Sportelli Ambrosio de Carvalho; Sol Ponte Rodrigues; Supervania Moura Lima; Tesfero Sandro de Jesus; Telesford Manoel do Carmo; Torras Soares da Silva; Ultimo Caçador; Ultima Ambrozio; Vaginalda Santos da Freire; Vagino Celestino; Volkslania Sousa Moreira.
(*) Nomes extraído de uma antiga lista do extinto INPS; do Artigo O Fantástico Mundo dos Nomes Esquisitos de 18/06/2002; postado por Guido Carlos Piva na Usina das Letras (www.usinadeletras.com.br); Listas telefônicas on-line; Listas de Classificados em Vestibulares/Concursos; dos livros O livro de nomes de Regina Obata, Que nome darei ao meu filho? de Pandiá Pându, Todos os nomes do mundo, Nome Próprios Pouco Comuns de Mario Souto Maior; e coletados por amigos que sabem da minha lista de nomes.
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