15 de jan. de 2009

Thomas Hobbes












Dos Meios às Mediações: Cultura e Educação

Trabalho Aplicativo para a conclusão da disciplina Introdução à Antropologia, ministrada pela profª Profª Andrea Jakubasko, da Faculdade de História da Universidade Federal de Mato Grosso, Dez 2008.

Brother, assuma sua mente, brother
E chegue a uma poderosa conclusão
De que os blacks não querem ofender a ninguém, brother
O que nós queremos é dançar, dançar, dançar
E curtir muito Soul
”.
Gerson Combo. Música Mandamentos Black.


Este trabalho visa estabelecer uma relação entre os textos Dos Meios às Mediações: Comunicação, Cultura e Hegemonia, escrito por Jesús Martín-Barbero, e a Cultura e educação na roça, encontros e desencontros, de José de Souza Martins.
A obra de Jesús Martín-Barbero, espanhol radicado na Colômbia desde 1963, caracteriza-se por estabelecer um dialogo da Comunicação, Sociologia, Economia e História, relacionado ao papel dos meios de comunicação de massa com os processos de formação de identidades sociais.
No livro, Barbero, reformula o conceito de cultura e revê o processo de comunicação por inteiro, a partir do estabelecimento do conceito de mediações, deslocando o foco da análise da comunicação dos meios para as mediações. Seu objetivo era investigar o papel que os meios massivos exerceram nas diversas fases da modernização da América Latina.
José de Souza Martins vai tratar da cultura, especialmente da língua e da linguagem, da roça. Para ele as pessoas da zona rural seriam “herdeiras de complexas tradições, de uma cultura rica e abrangente, de valores centrados fortemente na concepção de pessoas”.
O Iluminismo, mesmo vendo o povo como instância legitimadora do governo civil, no âmbito da cultura, traz uma idéia negativa do popular, que sintetizaria tudo que estes querem ver superado: superstição, ignorância, desordem, irracionalismo. Sendo o termo utilizado apenas para legitimar o poder da burguesia: contra a tirania em nome da vontade popular, mas contra ele mesmo em nome da razão. É nesse movimento que são geradas a categoria oposta do culto e do popular. Para José de Souza Martins: “há uma velha condenação política de esquerda do que é espontaneísmo popular e sobretudo camponês, baseado na suposição (do próprio Marx, aliás) de que os camponeses representam a barbárie, a incompetência política”.
O Romantismo, no entanto, construirá um novo imaginário no qual, pela primeira vez, adquire status de cultura o que vem do povo, sendo então, o popular um espaço de criatividade, atividade e produção, fazendo progredir a idéia de que existe uma outra cultura que vai além da cultura hegemônica. Para Souza Martins, a língua portuguesa no Brasil “ficou mais doce mais lenta, mais descansada (...) não raro viajamos nos toponímicos tupis”.
A partir dos românticos constituem o folk, volk e o povo que para Barbero “parecendo falar do mesmo, no movimento ‘traiçoeiro’ das traduções (...) folk tenderá a recortar-se sobre topos cronológico, volk o fará sobre um geológico e peuple, sobre um sociopolítico”. Para ele o rural “configurado pela oralidade, as crenças e a arte ingênua, e o urbano, configurado pela escritura, a secularização e arte refinada: quer dizer, nomeia a dimensão do tempo na cultura, a relação na ordem das práticas entre tradição e modernidade, sua oposição e às vezes sua mistura”.
Nesse aspecto José de Souza Martins diz que “ignoramos completamente a extensa e profunda presença da cultura camponesa e rural mesmo em metrópoles presumidas como modernas e completamente urbanas”. Ele continua dizendo que “o campo é profundamente ligado às grandes cidades pelo elo vivo e ativo das migrações temporárias (...) o campo é hoje cotidianamente alcançado pelo rádio e pela mentalidade urbana que por ele se difunde”.
Souza Martins nos instiga a pensar a problemática da comunicação, desenvolvendo questões importantes como a caracterização dos espaços cotidianos através da mistura de elementos de suas matrizes culturais antigas, como o rural, transmitindo aos grupos que pertencem.
Martín-Barbero fala do popular-massivo, onde o popular tem certa autonomia sobre o massivo. O popular é assimilado pelo massivo, mas não se esgota nele, pois, se entendido no sentido de memória valorizada como elemento ativo, é uma memória que seleciona, que funciona como resistência perante o massivo, como a linguagem Nheengatu e as violas e os violeiros descritos por Souza Martins.
As idéias de Jesus Martín-Barbero e de José de Souza Martins são contemporâneas, produzidas no século XX, a formação de ambos acadêmicos está na filosofia, sendo as reflexões de Barbero concentradas na produção da comunicação e de Souza Martins na cultura do meio rural não dissociado do urbano.
Mas a negação do popular não é só temática, não se limita a desconhecer ou condenar um determinado tipo de temas ou problemas, mas revela a dificuldade profunda do marxismo para pensar a questão da pluralidade de matrizes culturais, a alteridade cultural”.
Isso a que Barbero se refere vemos em Souza Martins quando discorre sobre uma lista de absurdos cometidos por alunos que realizaram a prova do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio -, onde descreve que as “as palavras e imagens postiças no mundo social do povo, na cultura em que efetivamente as pessoas vivem, em casa, na rua, no trabalho e na própria escola, que não é a cultura da sala de aula”. E outro ponto Souza Martins diz que “as provas do Enem nos mostram que a língua portuguesa das escolas é uma língua estrangeira, não é a língua do povo nem interage com ela criativamente”.
Para Souza Martins, a língua falada por esses estudantes se assemelharia a língua criada pelo confronto do tupi com o português de Portugal, na época da colonização, e que foi proibida pelo Rei no século XVIII, com intuito, segundo Souza Martins, de “dar o golpe de misericórdia nas culturas nativas e no hibridismo cultural nativo”. Os erros apontados por algum professor que teve acesso, também são “palavras e imagens postiças no mundo social do povo, na cultura em que efetivamente as pessoas vivem, em casa, na rua, no trabalho e na própria escola”.
A mídia trabalha o tempo político e o simbólico. A sociedade discute o que vê, o que lê e o que ouve, às vezes sem distinguir as distorções. A cultura é pensada na cidade letrada e o popular, iletrado, vai perdendo espaço. E o escondendo nos cantos da cidade ou do campo contra uma massa homogenia da cultura.
Talvez um outro olhar sobre o campo e a cidade, um olhar como o de Souza Martins pelas luzes da cidade, nos faça fazer uma reflexão sobre a mídia e a cultura, nossa cultura.
Talvez um mestre nos ajude a olhar, segundo Souza Martins, e ver que “que de certo modo falam palavras e resquícios sonoros do tupi. Uma língua dialetal legítima como outra qualquer, uma língua que só tem sentido falada e quase nenhum sentido escrita, porque é a língua do diálogo, só inteligível no mundo da reciprocidade”. Como algumas outras formas de culturas que encontramos nos cantos de nossas cidades e de nossos campos.
O que fica desses autores em nossa mente, e porque não o que fica da antropologia, é que os meios de comunicação de massa, trabalhado por Barbero, tiveram um papel decisivo no populismo da formação da cultura latino-americana, apesar de muitas vezes querem homogenizar o pensamento, tendo como exemplo positivo, a música negra que saiu dos morros e terreiros para conquistar o asfalto, bem como o sertanejo da moda de viola, que ganha o reforço do universitário e invade a cidade. A antropologia faz isso, mostra um pouco do sistema simbólico da cultura, os ritos, os mitos, a magia. O homo sapiens que com suas paixões e excessos mais se assemelham ao demens. O contraponto entre o racional e o imaginário. Nós e os outros.
Voltar o olhar para os bens simbólicos e a instituição imaginária da sociedade são o ponto para entender Jesus Martim-Barbero e José de Souza Martins.

Os Pensadores Clássicos da Ciência Política

Dizer que um pensador é um clássico
significa dizer que suas idéias permanecem.
Significa dizer que suas idéias
sobreviveram ao seu próprio tempo e,
embora ressonâncias de um passado distante,
são recebidas por nós como
parte constitutiva da nossa atualidade”.
Weffort


A disciplina de Introdução à Ciência Política, debate através da leitura de alguns autores clássicos, do pensamento político, e de alguns dos seus intérpretes, tais como Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, e Marx, entre outros, o homem enquanto ser político que vive em uma sociedade infinitamente complexa de micropoderes: trabalho, propriedade, organização e estratificação social e política, mercado, Estado e Nação.
Na primeira aula da disciplina de Introdução à Ciência Política fomos questionados, indagados e afrontados a pensar sobre as questões políticas, começando pelo texto, “Analfabeto Político”, de Bertold Brecht:

O pior analfabeto
é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio,
das empresas nacionais e multinacionais.

O dialogo sobre política nessa primeira aula e nas demais pode ser resumida numa frase de Jasper escrito na lousa pelo professor José Antonio: “a política é a tensão entre dois povos: a violência possível e a livre coexistência”.
E agora na conclusão, da disciplina, novamente somos questionados, por indagações que, teoricamente, superamos no semestre decorrido: O capitalismo é superável? O socialismo é inviável? É possível igualdade civil sem igualdade social? Estamos na menoridade democrática?
Para ajudar nesta tarefa foram usados como base os textos dos seminários apresentados em sala de aula tais como: Os clássicos da Política, organizado por Francisco C. Weffort; Lenin: Política, organizado por Florestan Fernandes; e as discussões e debates ora levantadas pelos alunos e pelo professor.
Vimos que através das concepções de Estado, indivíduo e sociedade ao longo da História, o pensamento desses teóricos expressaram modos particulares de compreensão do exercício do poder e da relação Estado/Sociedade em uma determinada época, sendo que muitas das questões debatidas sem sua época ainda hoje são relevantes para o nosso tempo, porque ao mesmo tempo em que só podem ser entendidas no contexto histórico em que foram produzidas, vão além desse momento, colocando-nos diante de problemáticas não superadas, como as indagações as quais até o final desse texto, tentarei responder.
A sociedade não é o coletivo de indivíduos, é sim uma entidade autônoma que emerge da experiência da vida coletiva, possuindo características próprias e que transcendem aos indivíduos que a ela pertençam. Surge assim, o Estado, dessa necessidade de estabelecer o acordo entre os indivíduos e a sociedade, conforme acreditava os teóricos contratualistas, como Hobbes e Locke, que escreveram Leviatã e o Tratado do Governo Civil, respectivamente. Para eles a sociedade se funda num pacto entre os homens. Russeau também difundiu essa idéia nas vésperas da Revolução Francesa em seu livro Contrato Social. Para eles o poder decorre do homem e tem um estatuto fixado pelo homem.
O pensamento evoluiu a partir de Nicolau Maquiavel que torna a política autônoma porque privilegia a reflexão laica, não religiosa, e também porque recusa abordar a questão do poder a partir da ética cristã, buscando linguagem e métodos próprios desvinculados da fé e da moral convencional. Em seu livro O Príncipe reuniu duas expressões italianas Virtú e Fortuna. A Virtú seria a força no sentido grego: valor e virilidade. Homens de Virtú seriam homens especiais, capazes de realizar grandes feitos e mudanças na história. A fortuna seria aproveitar as ocasiões, agir de forma adequada no momento certo. Há também duas maneiras que não podem ser atribuídas a estes dois meios mencionados acima: “chegar ao principado pela maldade, por vias aceleradas, contrárias a todas as leis humanas e divinas; e tornar-se príncipe por mercê do favor de seus conterrâneos”. Assim, quando um príncipe se apóia totalmente na fortuna, o que se verifica é a sua ruína, sem ter havido mudança na sua natureza, nem em algumas das suas qualidades.
Fora do Estado é o domínio das paixões, a guerra, o medo, a pobreza, a incúria, o isolamento, a barbárie, a ignorância, a bestialidade. No estado é o domínio da razão, a paz, a segurança, a riqueza, a decência, a sociedade, o refinamento, a ciência, a benevolência”.
Assim Thomas Hobbes no livro Leviatã, justifica o poder real, a partir da discrição do Estado de Natureza. Homem não seria um ser naturalmente social. No estado de natureza o homem seria inimigo feroz do próprio homem, cada um tinha que se defender de outrem. Por todos os lados haveria guerras, sendo que a partir do contrato com o soberano os homens, até então mergulhados no caos, transfeririam o direito de serem governados, sendo a sociedade civil o produto desse pacto voluntário. Assim “salvo tua vida, que no estado de natureza está em perigo, mas tu te tornarás meu escravo”. Sobre as diversas espécies de governos por instituição, Hobbes as diferencia pelo soberano, e considera três formas: monarquia, democracia ou governo popular, e aristocracia. A diferença entre estas três espécies de soberania não reside em uma diferença de poder, mas em uma diferença de capacidade para garantir a paz e a segurança do povo, finalidade para qual foram instituídas.
John Locke defendendo a liberdade e a propriedade como direitos naturais. Para ele o homem natural está plenamente livre, mas sente a necessidade de colocar limites a sua própria liberdade para garantir o direito à propriedade. Para ele “Estado de Natureza é um estado de perfeita liberdade para regular as próprias ações e dispor das próprias posses e das próprias pessoas como acreditar fosse o melhor, dentro dos limites da lei natural, sem pedir permissão ou depender da vontade de ninguém mais”. Assim, somente na sociedade civil ou política existem as condições para a sobrevivência das leis naturais que são as leis da razão.
Já Jean-Jacques Rousseau elaborou uma doutrina em que o homem seria naturalmente bom, sendo sua bondade corrompida pela sociedade, e que deveria se voltar, sempre que possível, a virtude primitiva. Suas idéias políticas estão expressas no livro Contrato Social: “A obediência à lei que nós mesmos nos prescrevemos é a liberdade”.
O Iluminismo do século XVIII se caracterizou por cinco idéias-força - Indivíduo, Razão, Natureza, Felicidade e Progresso. Os iluministas concebem o homem como indivíduo com vida e direitos próprios, que não se confunde com a coletividade nem se funde a esta. Este indivíduo é eminentemente racional, determina a sua vontade por uma razão que não aceita senão o que lhe pode ser demonstrado. Esse indivíduo racional vive num mundo governado em última instância por uma natureza boa e previdente. Dessa natureza resultam leis, naturais, que conduzem à melhor das situações possíveis, desde que não embaraçadas, visando à felicidade que seria o objetivo do homem na Terra e não no Céu.
Uma das pessoas influenciadas pelo iluminismo foi Charles de S. Montesquieu, que escreveu o livro Espírito das leis, que inspirou a constituição francesa de 1791 e tornou-se a fonte das doutrinas constitucionalista liberal, que repousaram na separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário. Para ele os poderes seriam independentes e autônomos, mas com suas funções harmônicas: “A liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem”.
Maquiavel insere o Estado no centro do pensamento político, ele acreditava ser necessária à ordem política para sua eficaz auto-realização a virtú. Para Hobbes a origem do Estado surge pela motivação básica do homem que é o medo da morte violenta, proveniente principalmente de seres humanos que se atacam e se matam acabando com a vida que é o valor mais importante. Hobbes, não busca como Maquiavel, as regras técnicas que permitem conquistar e depois conservar o poder, e sim para consecução de uma vida mais segura. Com Hobbes e Locke nasce o direito natural e inviolável. Com Locke e Montesquieu a idéia da tripartição dos poderes. Posteriormente Rousseau estabelece as bases da do conceito de contrato social. Montesquieu, influenciado por Maquiavel e Locke, trata da divisão dos poderes.
A Revolução Francesa marca definitivamente a ruptura do antigo regime e o retorno da democracia, transformando profundamente a sociedade européia. Já com a Revolução Industrial, o Estado, já apresentava uma forte tendência de interferir na vida econômica e social. Sendo que para Marx o Estado é o reino da força, do interesse de uma parte, tendo por interesse o bem viver daqueles que detém o poder, sendo a continuação do estado de natureza e não sua saída. Para Hobbes, os homens reunidos sobre o pacto constituiriam um corpo político, sendo então uma pessoa artificial criada pela ação do homem, chamada de Estado. Para Rousseau o pacto criaria a vontade geral como corpo moral coletivo, também podendo constituir o Estado. O Estado, para Marx, é fundado sobre o domínio que não pode ser conservado senão através da força, de uma classe sobre a outra, através da mais valia – diferença entre o valor do produto, bem ou serviço, produzidos ou prestados e o valor que o trabalhador recebe como pagamento -, onde procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, ou seja, não seria o resultado de um contrato social e sim a expressão política da luta econômico-social das classes, uma proprietária dos meios de produção e outra não proprietária.
Para Lênin “enquanto existir o Estado não há liberdade; enquanto houver liberdade, não mais haverá Estado”.
Para Weber a esfera da política é a esfera onde se desenvolvem as relações de potencia e de poder, sendo que as regras do agir político não poderiam ser as regras da moral, daí que a ação do político não pode ser julgada moralmente, com base em princípios preestabelecidos, mas com base no resultado. O poder está acima de todos os outros poderes, e esse meio é a monopolização da força física.
Enquanto Hobbes atribui ao Estado o fim de preservar a paz e, por conseguinte de proteger a vida dos indivíduos que nele confiaram, Weber afirma que não é possível definir um grupo político e tampouco o Estado, indicando o objetivo do grupo.
Ao discorrer pelos clássicos revisando suas idéias, temos que, o capitalismo para Marx, Lênin e Stalin era superável, pelo comunismo e pelo socialismo. O capitalismo é o produto da relação humana sustentado pelos meios de produção, ao qual no comunismo e no socialismo teria outra forma de arranjo. Sendo ela superável e o socialismo viável. Mas aqui, para atenuar o discurso, temos Fukuyama, cientista político do século XX e conselheiro do Presidente dos Estados Unidos, país capitalista, que escreveu o livro O Fim da História e o Último Homem, que afirma que o capitalismo triunfou sobre as outras formas opositoras do sistema capitalista, o socialismo e o comunismo, descrito por Marx, Lênin e Stalin como alternativos ao capitalismo. Se respondido por ele o capitalismo é superável e o socialismo é inviável e seu fim foi marcado pela queda do Muro de Berlim.
Para Locke, no Estado de Natureza os homens são livres e iguais, para Rosseau a igualdade civil universaliza o dever de submissão e ela tiraria a liberdade do homem então. Em Marx encontramos as classes sociais fundamentadas na diferença e nas desigualdades da sociedade. Uns acreditam que a igualdade se dá pela distribuição de rendas igualitárias, outros pelos limites que transformam os bens sociais em mercadorias ou simplesmente com o cessar da lei da selva onde vigora o estado de vida ameaçador e ameaçado.
A democracia como regime político promove, ou tenta promover, a igualdade civil, mesmo que os poderes, legislativo, executivo e judiciário, tentem empurrar a igualdade social para fora do âmbito econômico, tal como exigência da participação popular na esfera pública, a solidariedade, o respeito à diversidade e a tolerância.
No Brasil, talvez pelo seu tamanho, não há uma forma única de pensar. A menoridade democrática constitui como afirmativa, pelos anos em que vivemos fora dela, seja pela colonização ou pelo militarismo.
Teremos que engatinham sobre os conceitos de Locke, Hobbes, Rosseau, Marx, Lênin, achando uma unidade que envolva igualdade social, igualdade civil e que contemple o homem como um ser inteiro. Teremos de ensinar nossas crianças que política não tem o mesmo significado de político e que a consciência política é a forma de realizar a plenitude da cidadania.

Discussão de “O fim da História” de Francis Fukuyama

Amo a história.
Se não a amasse não seria historiador.
Fazer a vida em duas:
consagrar uma à profissão,
cumprida sem amor;
reservar a outra à satisfação
das necessidades profundas –
algo de abominável quando a profissão
que se escolheu
é uma profissão de inteligência.
Amo a história –
e é por isso que estou feliz
por vos falar, hoje, daquilo que amo.”
Lucien Febvre, Combate pela História
Introdução

Deixo que Gilberto Gil, cantor e compositor brasileiro, introduza este trabalho através da música “O Fim da História”, de 1991 do disco Parabolicamará:

Não creio que o tempo
Venha comprovar
Nem negar que a história
Possa se acabar

Basta ver que um povo
Derruba um czar
Derruba de novo
Quem pôs no lugar

É como se o livro dos tempos pudesse
Ser lido trás pra frente, frente pra trás
Vem a História, escreve um capítulo
Cujo título pode ser “Nunca Mais”
Vem o tempo e elege outra história, que escreve
Outra parte, que se chama “Nunca É Demais”
“Nunca Mais”, “Nunca É Demais”, “Nunca Mais”
“Nunca É Demais”, e assim por diante, tanto faz
Indiferente se o livro é lido
De trás pra frente ou lido de frente para trás

Quantos muros ergam
Como o de Berlim
Por mais que perdurem
Sempre terão fim

E assim por diante
Nunca vai parar
Seja neste mundo
Ou em qualquer lugar

Por isso é que um cangaceiro
Será sempre anjo e capeta, bandido e herói
Deu-se notícia do fim do cangaço
E a notícia foi o estardalhaço que foi
Passaram-se os anos, eis que um plebiscito
Ressuscita o mito que não se destrói
Oi, Lampião Sim, Lampião não, Lampião Talvez
Lampião faz bem, Lampião dói
Sempre o pirão de farinha da História
E a farinha e o moinho do tempo que mói

Tantos cangaceiros
Como Lampião
Por mais que se matem
Sempre voltarão

E assim por diante
Nunca vai parar
Inferno de Dante
Céu de Jeová.
Teoria Fukuyniana

Para Francis Fukuyama, autor do artigo publicado em 1989 “The End of History/O Fim da História” na revista norte-americana The National Interest e do livro “The End of History and The Last Man/O Fim da História e o Último Homem” em 1992, professor de economia política na Universidade Johns Hopkins e membro do Conselho que assessora o Presidente dos EUA, a democracia liberal seria o ponto final da evolução ideológica da humanidade e a forma final de governo humano, e, portanto constituiria o fim da história.
Neste livro Fukuyama tentou elaborar uma linha de abordagem da história, indo de Plantão a Nietzsche passando por Kant e Hegel, a fim de confirmar sua tese de que o capitalismo e a democracia liberal constituem o coroamento da historia da humanidade.
Fukuyama trata aqui, história, como sendo um processo único, coerente e evolutivo, considerando a experiência de todos os povos em todos os tempos. Tema, esse, recorrente em Hegel e Marx, para qual a evolução das sociedades humanas não era ilimitada, mas terminaria quando a humanidade alcançasse uma forma de sociedade que pudesse satisfazer suas aspirações profundas e fundamentais. Sendo que para Hegel seria o Estado Liberal e para Marx seria a Sociedade Comunista. Significaria, então, que não haveria mais progresso no desenvolvimento dos princípios e das instituições básicas, porque todas as questões realmente importantes estariam resolvidas.
Para Hegel, esse processo não teria prazo para ocorrer, para Fukuyama essa situação já teria acontecido, com o fim e o descrédito das outras alternativas globais, explicito no episódio da queda do muro de Berlim. Assim, a humanidade teria atingindo o ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal e ocidental sobre as outras correntes que foram grandes adversários do capitalismo e do liberalismo, restando dessas apenas vestígios, onde talvez retorceríamos ao fascismo, à monarquia ou ao caos puro, onde o fundamentalismo islâmico ficaria confinado ao oriente e aos países periféricos, sem, contudo a possibilidade de um verdadeiro projeto para a humanidade: um modelo de sociedade melhor do que a democracia orientada para a economia de mercado.
O liberalismo, no entendimento de Fukuyama, é um regime fundado no terreno político, na democracia burguesa e no terreno econômico da livre atividade baseado na propriedade privada e nos mercados.
A história por filósofos e historiadores

A palavra história vem do latino historia que origina do grego antigo iotopia, e era usada pelos jônios no século VI a.C. para significar a busca de conhecimentos no sentido mais amplo. Assim, significa indagação, investigação. Ela tem sua origem nas “investigações” de Heródoto, considerado o pai da História, sendo Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.
Sabemos que Hegel acreditava num direcionamento da história da humanidade no sentido da evolução e do progresso. A história humana por seguinte seria a realização progressiva da sua “idéia absoluta” e com a manifestação da realização plena da “idéia absoluta” a história da humanidade iria terminar, tendo um estado constitucional concretizado na vitória da liberdade e da razão.
Para Marx as grandes bases para o entendimento do mundo estariam na razão, que, naquele momento, bebia na fonte das idéias de progresso. Assim, a história por Marx, agiria no sentido da história-razão, que crê na consciência revolucionária, fazendo a revolução em nome da razão. A história feita no pensamento marxista é então, uma história estrutural e econômico-social, cuja essência é a política. O evento seria a ruptura, a transformação profunda, a desintegração e a transição estrutural, que exploraria as potencialidades tornando-a mais duradoura.
Para Kant, a história seguiria um plano determinado pela natureza, onde a espécie, humana seria permanente. E que, somente, através da manutenção da passagem do conhecimento, da cultura, da religião e da política, através das gerações, poderia garantir a continuidade do processo civilizatório.
Apartir da Escola dos Annales, que surge em 1929 com Marc Bloch e Lucien Febvre em função da publicação do Annales d’Histoire économique et sociale – um periódico que traduzia o movimento de reorientação que queria se imprimir aos estudos historiográficos com enfoque na História Social, que também ficou conhecida como “Nova História” - o fator político, econômico e o fato em si não representavam a preocupação primordial no conhecimento histórico, as sociedades se tornou o centro das atenções, o indivíduo passou a ocupar o lugar atribuído aos grandes vultos, o cotidiano passou a ter mais relevância que as datas que marcaram o acontecimento.
Para Duby após a compreensão da importância dos aspectos inerentes às sociedades, seria a hora de voltarmos nossa atenção para os aspectos que haviam sido deixadas em segundo plano – como a política – visto que a história aprimorou seu olhar critico e estaria pronta para deparar-se com este desafio.
Em se tratando de história, nunca nos deparamos com certezas. Todas as sentenças são frutos de interpretações, inclusive aquelas que se referem ao futuro da história. Segundo Duby “a idéia de verdade em história modificou-se porque o objeto da historia se deslocou, porque a história passou a se interessar menos pelos fatos que pelas relações”.
Assim, as dúvidas seriam uma constante na vida de um bom historiador, visto que é preciso ter em mente que, no campo historiográfico, nunca estaremos diante de plenas certezas. Para ele, as pessoas ficam paralisadas por uma teoria e não elaboram perguntas que não têm certeza que saberão responder.
Duby afirma ainda que se existem os desafios, a História não pode acabar e que no mundo de hoje, não há mais espaço para a história sem sentido, para a história de historiadores. O novo fazer história é ter diante de si vestígios e saber soma-los, criando elos e associações. Uma construção de elementos passíveis de analises que podem acrescentar e enriquecer o conhecimento, reorganizar o espaço, elucidando e clareando regiões em penumbra.
Para Le Goff a história deixa de ser científica quando se trata do inicio e do fim da história no mundo e da humanidade:
quando à origem, ela tende ao mito: a idade de outro, as épocas míticas, ou, sua aparência científica, a recente teoria do big bang. Quanto ao final, ela cede lugar à religião... Ou às utopias do progresso, sendo a principal o marxismo, que justapõe uma ideologia do sentido e do fim da história (o consumismo, a sociedade sem classes, o internacionalismo)”.
Evidencia-se a história, aqui, como uma prática social, uma questão política, articulada sobre uma vontade de transformar. Para ele a história não é uma ciência como as outras e através da Escola dos Annales ocorreu uma nova concepção de tempo histórico, “a história seria feita segundo ritmos diferentes e a tarefa do historiador seria, primordialmente, reconhecer tais ritmos”.
A crença num processo linear, continuo, irreversível, que se desenvolve segundo um modelo em todas as sociedades, já quase não existe”, para Le Goff, pelo fracasso do marxismo e da revelação do mundo stalinista; pelos horrores do fascismo e do nazismo, pela I e II Guerra Mundial; pela construção da bomba atômica; pelo florescimento de diversas culturas ocidentais. Dessa forma, há rupturas e descontinuidades inultrapassáveis na história, que o leva a crer que seria ilusório um trajeto linear da história.
Marc Bloch coloca a história como ciência dos homens no tempo, colocando o aspecto social no centro da história. Para ele:
O passado é uma construção e uma reinterpretação constante e tem um futuro que é parte integrante e significativa da história. (...) Penso que a história é bem a ciência do passado, com a condição de saber que este passado se torna objeto da história, por uma reconstrução incessante...”.
Segundo Lucien Febvre, “a história recolhe sistematicamente, classificando e agrupando os fatos passados, em função das suas necessidades atuais. É em função da vida que ela interroga a morte. Organizar o passado em função do presente: assim se poderia definir a função social da história”.
Ao qual Le Goff complementa que os teóricos da historia esforçaram-se ao longo dos séculos para introduzir grandes princípios suscetíveis de fornecer chaves gerais da evolução histórica. Sendo que a noção de um sentido da história poderia decompor-se em três tipos de explicação: a crença em grandes movimentos cíclicos (astecas), a idéia de um fim da história constituindo na perfeição do mundo (cristianismo), a teoria de um fim da história situada fora dela (marxismo). Sendo que para ele, a contradição mais flagrante da história é o ato do seu objeto ser singular, um acontecimento, uma série de acontecimento, de personagens, que só existem uma vez, enquanto que o seu objetivo da história, como o de todas as ciências é atingir o universal, o geral e o regular.
Na convicção de Le Goff o trabalho histórico tem por fim tornar inteligível o processo histórico e que a inteligibilidade conduziria ao reconhecimento da regularidade na evolução historia. Sendo que estas regularidades deveriam ser reconhecidas primeira no interior de cada série estudada pelo historiador, que a tornaria inteligível descobrindo nela uma lógica, um sistema. Dessa forma o passado é aprendido no presente e responde, portanto, aos seus interesses.
Contraposição da Teoria Fukuyniana

Como visto, a teoria de Fukuyama aponta o termino de uma evolução relacionada com a nossa sociedade e com o nosso ser. Isso seria realmente possível: há uma evolução que tem fim? Ou a evolução continuaria mesmo havendo filósofos e/ou estudiosos que dizem o contrário? Ou o fim da história seria na verdade um processo dentro da própria história?
Há aqui, o desejo de contrapor as idéias de Fukuyama, por sermos de pólos opostos, ele um estudioso político norte-americano, e a autora deste artigo, uma estudante de história que toma suas primeiras lições nos filósofos, Hegel, Marx e Nietzsche, e nos historiadores, Georges Duby, Marc Bloch, Perry Anderson e Jaques Le Goff.
Que fique claro que a história e a filosofia possuem semelhanças e diferenças nas muitas práticas heterogêneas de seus campos de atuação. Aqui, há a percepção que Fukuyama produziu seu trabalho com o olhar de outras disciplinas que não da história. Dessa forma, em seu livro diz que:
o que estamos testemunhando, na atualidade, não é apenas o fim da Guerra Fria ou o término de um período específico da história do pós-guerra, mas o fim da história enquanto tal: ou seja, o ponto final da evolução ideológica da humanidade e a universalização da democracia liberal ocidental como forma última de governo humano”.
Para Le Goff a idéia de progresso é um conceito eminente ocidental que desenvolveu entre o nascimento da impressa no século XV e a Revolução Francesa. A Revolução Francesa, para Le Goff, apareceu como o triunfo político e ideológico da idéia de progresso e marcou uma data capital na historia dessa nação. Assim enquanto a noção de progresso implicaria em uma continuidade, a Revolução Francesa, apresenta antes de qualquer coisa como uma ruptura, como um começo absoluto. Assim, para Le Goff a concepção dominante da história continuaria a ser a de uma história cíclica, passando por fase de progresso, de apogeu e de decadência.
Segundo Perry Anderson, o que o Fukuyama afirmaria sobre o capitalismo avançado e as suas conseqüências nas nações que ainda estão longe de se tornarem parte do eixo dos países super-ricos, não demonstra nenhuma razão para vê-la como a melhor ou mesmo a única alternativa em nações pobres.
Fukuyama deixaria então, para Perry Anderson, uma margem para qualquer quantidade de novos eventos – hostilidades militares, pobreza nos países desenvolvidos e desvantagens culturais. O capitalismo bem-sucedido não garantiria a democracia política e a luta pelo reconhecimento impediria a humanidade de alcançar o objetivo da liberdade e da igualdade. Assim, Perry Anderson, refuta os argumentos da teoria fukuyniana, por acreditar que a história continua manifestando-se sob múltiplos aspectos, sendo possível visualizar outros pensamentos socialista, como a sua transvalorização, mutação ou redenção. Segundo ele “A convicção de que não existe alternativa econômica viável para o mercado livre deve muitíssimo mais ao fracasso do mundo soviético do que ao êxito do capitalismo”.
Como apregoar a idéia de que não há princípios ou formas de organização social e política alternativas superiores ao liberalismo, quando as excelências do capitalismo e da democracia liberais, declamadas por Fukuyama, excluíram grande parte da população do mundo? Como tomar como coroamento da história da humanidade um regime que acirra as contradições sociais? E se a força continua a ser vital para a manutenção do mundo “pós-histórico”, como a história acabou? Como negar o evento da queda das torres gêmeas no fatídico 11 de setembro? E o evento da vitória de Obama, primeiro presidente negro, eleito nos EUA? Estas não seriam provas de que a História contínua? Que existiriam forças políticas antagônicas, culturais, com força suficiente para mostrar que nada sobre o futuro do mundo está decido?
Por esses motivos, Perry Anderson, conclui que a tese de Fukuyama é carregada de um discurso político, tentando preencher uma teoria hegeliana da história com uma teoria platônica da natureza humana.
Hegel tentou apreender e aprisionar num sistema racional e coerente um mundo em revolução em um momento em que os acontecimentos desfilavam sob seus olhos, o que Fukuyama o fez em época parecida.
O campo da filosofia sempre foi o terreno da reflexão individual e solitária, tendo como ponto de inflexão sua contestação de toda ordem, sem então permitir a colaboração e a cooperação de outras ciências.
Fukuyama, através de uma obsessa filosófica, tenta circunscrever o homem a um universo de valores, que seria conquistado pela intermediação da razão, ao qual o que realmente importa é o finalismo, sem o crédito para o colorido da vida, seu subjetivismo, ou suas criações culturais.
A história não pode ser descrita, desta forma, como uma perspectiva de classes. O fato do triunfo do capitalismo, não é o fim, mais um enredo da própria história.
Conclusões

Enquanto que as ciências naturais consideram os fenômenos do ponto de vista do espaço, a história encara-os do ponto de vista do tempo. Os historiadores têm, então, a missão de narrar fatos reais que têm o homem como autor.
E tal narração é baseada em documentos. A história não imagina, ela vê, ela constata os fatos, analisa-os, aproxima-os e descobre o encadeamento, através da observação minuciosa.
Fazem referencia à história obsessivamente para sustentar a idéia de que ela não existe, simplesmente porque, nos relativismos absolutos que atribuem as historicidades de cada época, dissolvem a própria matéria da ciência histórica, a relação tempo-espaço, para construírem no seu lugar uma essência humana genérica, válida em todos os tempos e em todos os lugares.
Decretar o fim da história me parece colocar um sentido único para a história, um trajeto linear de todo o processo histórico, descartando toda a história da humanidade, constituída de vários povos, com vários processos históricos e várias memórias sociais que coexistem, que se interpenetram, se influenciando e constituindo suas próprias temporalidades.
Fim da história? A história não acaba por um simples decreto de um filosofo, de um cientista político ou de um historiador, por mais notável que ele seja. A história continuará, os historiadores continuarão, “per omnia saecula saeculorum”, ou seja, eternamente.
Bibliografia

ENTREVISTA COM FRANCIS FUKUYAMA. Veja on-line. Edição 1880 de 17/11/2004. Acessado através do site
http://veja.abril.com.br/171104/ em 22/10/2008.

ENTREVISTA COM FRANCIS FUKUYAMA POR GIULIANO GUANDOLINI. Folha de São Paulo. Em 24/09/2001. Acessado através do site
www.folha.uol.com.br/ em 22/10/2008.

GLOESSER, Luciane. Uma proposta de leitura da obra do historiador Georges Duby: A História Continua. Em 18/10/2002 às 18:19. Acessado através do site
www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/10/39253.shtml em 05/10/2008.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. 2ºEdição. Campinas: Unicamp, 1992. Acessado através do site htttp://eduardoeginacarli.blogspot.com/2008/08/le-goff-jacques-histria-e-memria-traduo.html em 31/10/2008.

OLIVEIRA DE MORAES, Prof. Dr. Alfredo. Fukuyama e o fim da história – Distorções ou más interpretações? Revista Eletrônica Estudos Hegelianos. Revista Semestral da Sociedade Hegel Brasileira – SHB. Ano 3º. Nº 05/12/2006. Acessado pelo site
www.hegelbrasil.org/rev05b.htm em 05/10/2008.

Ellas abrieron senderos



Ellas abrieron senderos

Ellas abrieron senderosSan Ignacio de Velasco acogió a más de 250 expositoras en el marco de su tercera feria ‘Mujeres abriendo senderos’. Y fue así, estas pequeñas productoras y artesanas emprendedoras mostraron su producción durante dos días. Mañana esta población chiquitana está de fiesta, este es nuestro homenaje con el rostro de sus valerosas damas.Decididamente, como concuerdan el psiquiatra Nils Noya y las psicopedagogas Ana Sánchez y Centa Reck, es preciso que las mujeres se doten de voluntad y procuren una permanente capacitación para aprovechar las ocasiones de superar las barreras que siempre frenaron sus deseos de superación. Una de esas oportunidades propicias se registró en San Ignacio de Velasco, población situada a 480 kilómetros de nuestra capital. Allí se realizó la tercera feria de la mujer denominada 'Abriendo Senderos', organizada por la Alcaldía a través de la Oficina de la Mujer.Fue un encuentro de dos días que reunió a 257 mujeres de Portachuelo, Buena Vista, Santa Rosa de Sara, Colpa Bélgica, San Javier, Santa Ana, San José, Montero, Saipina, Cotoca, Saavedra, San Miguel, Concepción, La Guardia, San Rafael, San Ignacio y sus comunidades, y también de Chuquisaca y Oruro, que presentaron artesanías, confecciones, repostería y cocina en 90 stands.La oportunidad abrió intercambios entre expositoras, a la vez que realizaron buenos negocios. Aquí les presentamos testimonios de mujeres que fueron premiadas en la muestra o que se destacaron por mostrar nuevos senderos para la superación de su género.


(...)
Magui Bruno de Lohnhoff


Mujer visionariaEs ignaciana. Casada con un brasileño, tiene tres hijos. Ella es la que le da el empuje a la empresa familiar llamada Mineradora y lapidadora Lohnhoff, productora de joyas con piedras semipreciosas. En la feria de las mujeres ella presentó sus joyas."Yo hago mis diseños para el acabado final, donde se usa la plata. Del tallado se hacen cargo mi esposo y mi hijo. Hacemos collares de las piedras y las gemas las aprovecho para hacer anillos y aros. Tienen mucho valor las piedras amatista siberiana, la bolivianita y el citrino”.En su casa posee un taller artesanal, pero le falta mano de obra. Por ello ha pensado capacitar gente en el oficio."Una escuela de lapidación para jóvenes de la región, especialmente mujeres, por ser más creativas y delicadas, pero necesitamos apoyo de las autoridades para brindar oportunidades a las nuevas generaciones de chiquitanos".


(...)

Selene Bruno (15)


Mujer del futuroBelleza ignaciana, hija de Marcelo Bruno y de Susana Hurtado. Ella participó en el desfile de moda chiquitana. Durante su presentación destacaron la calidad y atractivo de las confecciones de la Asociación Cremig, que tuvo un reconocimiento en la feria."La gente de San Ignacio es hospitalaria. El pueblo tiene muchos atractivos: su arquitectura, sus costumbres y la catedral. La mujer ignaciana es muy capaz y sobre todo bella. Un ejemplo es nuestra Miss Bolivia, Katherine David.Quiere formarse como ingeniera ambiental “para enseñar a cuidar el medio ambiente y mejorar nuestra casa, que es la Tierra. Por favor evitemos quemar la basura y reciclemos" .

extraido do site www.eldeber.com.bo/paraellas/2008-07-30/notaparaellas.php?id=080729211205, matéria com a mãe de três dos cinco irmãos que tenho e quarta esposa do meu pai (eu acho), e sua sobrinha.




Análise e Relatório do Filme Stealing Heaven (Em nome de Deus)

" Tua voz,
que sempre me sujeitou aos seus encantos,
conservava até nos murmúrios
sonoridades tão quentes,
acentos tão cheios de ternura
que eu chorava de satisfação
com a cabeça apoiada ao teu peito. "
(De Héloïse para Abélard - século XII)


APRESENTAÇÃO


A presente dissertação volta seu foco de interesse na análise e produção do relatório do filme, Stealing Heaven, lançado no Brasil com o nome de “Em nome de Deus”, do diretor Clive Donner, de 1988.
No século XII, Abelard, representado pelo ator Derek De Lint, um respeitado filósofo e professor em Paris, é contratado para ser o tutor de Heloise, representado pela atriz Kim Thomson. Rapidamente eles se apaixonam, mas precisam manter seu relacionamento escondido de todos porque Abelard está comprometido com o celibato. Até a descoberta de seu romance, fogem e tem um filho, Astrolábio, casam-se em segredo em uma capela de Notre Dame sem troca de alianças ou beijo, mas por conta da pressão da sociedade, em relação às chacotas para o tio de Heloise, este decide castigar Abelard, mandando arrancar seu órgão sexual, que por sua vez resigna-se e aceita essa provação “Em nome de Deus”, volta-se a Igreja e pede a Heloise que faça a mesma coisa.
Assim, o filme retrata um pouco da sociedade medieva, onde o Santo Ofício mantém as rédeas da sociedade, subjugando os desejos individuais, e onde vemos o nascimento da universidade e o afloramento da filosofia.

1. DADOS GERAIS


1.1 Ficha Técnica:

Título no Brasil: Em nome de Deus

Título Original: Stealing Heaven
País de Origem: Inglaterra / Iugoslávia
Gênero: Romance
Tempo de Duração: 105 minutos
Ano de Lançamento: 1988
Direção: Clive Donner
Produção: Andros Epaminondas, Simon MacCorkindale

Roteiro: Chris Bryant
Fotografia: Mikael Salomon
Trilha Sonora: Nick Bicat
Edição: Michael Ellis
Design de Produção: Voytek Roman
Figurino: Phyllis Dalton
Efeitos Especiais: Willy Neuner
Locação: França


1.2 Elenco:


Atriz/Ator Personagem

Derek de Lint Abelard
Kim Thomson Heloise
Denholm Elliott Fulbert
Bernard Hepton Bispo
Kenneth Cranham Suger
Patsy Byrne Agnes
Cassie Stuart Petronilla
Philip Locke Poussin
Victoria Burgoyne Prostituta
Antonia Cutic Landlady
Diana Belinic Garota de rua
Davir Fejzagic Garoto de rua

Mark Jax Jourdain
Timoty Watson François
Andrew Mclean Gerard
Thomas Lockyer Thomas
Mark Audley Luke
Kai Dominic Paul
Rachel Kempson Priores
Angela Pleasence Irmã Cecilia
Slavica Maras Marie Duroc
Miki Hewitt Irmã Claire
Zvonimir Ferencic Bispo
Yvonne Bryceland Baronesa Lamarck

Vjenceslav Kapural Barão Lamarck
Ivo Husnjak Ancient Priest
Jeremy Hawk Jeanne
Moniek Kramer Ancient Priest
Drago Mitrovic Jeanne
Eugen Marcelic Astralbe
Lela Simecki Irmã Therese


2. RECURSOS UTILIZADOS


2.1 Trilha Sonora:

A trilha sonora é composta pelas músicas Overture/O Quanta Qualia, To Paris, Begining, Sealed With A Kiss, Viderunt Omnes (The Charm), Together, Revenge, Palnticus (Ordination), Resonamus Laudibus (Reunion) e O Quanta Qualia.


2.2 Figurino:

No que diz respeito à vestimenta de Abelard esta dividida em durante a vida leiga: túnica, cinto, borzeguins e a adoção de cabelo comprido quase até os ombros, quando entra para a vida religiosa: túnica, capa, borzeguins e tonsura.
Heloise como aluna usa, vasquinha cinza elaborada em tecido grosseiro com mangas estreitas, amarração na parte de trás e touca, quando vai morar com o tio passa a usar vasquinhas com mangas amplas de tecidos leves e coloridos, capa com detalhe em pele e cabelos usados soltos e sem véu (possivelmente com a finalidade de expressar liberdade e rebeldia), durante a vida religiosa: manto, gorjal eclesial, túnica externa e borzeguins. O luxo aparece em apenas um momento, quando utiliza uma tiara com pedras preciosas, em um jantar de cerimônia onde é apresentada a um candidato a marido.
Já Flubert utiliza touca e túnicas de cores fortes e com detalhes ricamente bordados e o bispo utiliza túnicas brancas e coloridas, touca, luvas, anéis, estola e báculo.
Os cavaleiros utilizam roupas em tons de cinza e preto enfeitadas com uma cruz no peito e os servos usam detalhes na cor púrpura em suas vestes.


2.3 Paisagem:


A fotografia do filma retrata um pouco a Paris da Idade Média, grande Igrejas em estilo gótico.
Figuras: Cadetral de Notre Dame, Abelard e seus alunos, a fuga e a cidade de Pallet.
3. PERSONAGENS

Abelard – a manutenção de sua castidade era de extrema importância para sua aproximação de Deus e para um bom trabalho como professor, uma vez que ensinava sobre as idéias cristãs, deveria estar o mais perto possível de Deus e a distância dos prazeres da carne contribuía para isso. Quando seu caso com Heloise é descoberto por seus alunos ele perde parte de sua credibilidade e passa a ser ridicularizado por alguns deles, já que rompe com um dos dogmas que defendia com maior fervor: a castidade. Quando é castrado, aceita o fato como um justo castigo pela degradação de seu corpo através do ato sexual. Sente a fúria de Deus, ao qual acredita que quer sua dedicação a vida cristã, assim aceita a ordenação como monge.

Heloise – está sempre contestando as idéias da Igreja e é tratada pelo tio como meio de aquisição de riqueza e troca de favores através e de um possível casamento. O ato de se tornar freira, para ela apenas simboliza respeito aos desejos do marido, sendo levada a isso, por seu amor a ele e não pela aceitação dos ditames da igreja. Não gostava da vida no convento e do uso da roupa religiosa (desconfortável).

Cônego Flubert – usa sua posição como fonte de poder para facilitar a venda de falsas relíquias. Sua casa é decorada com muitas peças valiosas e de inspiração religiosa. Após se vingar de Abelard, é banido da igreja e de Paris, perdendo o poder e as riquezas que possui.

Bispo Suger – acha que Abelard exagera em seus debates sobre assuntos religiosos, mas o mantém ensinando, para atrair novos religiosos, uma vez que a Igreja estava em expansão.

Cleander – cego, homem de confiança, assassina Marcus Aurelius através de uma maça cortada com um punhal envenenado, para que Livius não seja declarado Imperador no lugar de Commodus.


4. ANÁLISE

Através da história de Abelard e Heloíse, narrada no filme, de Cliver Donner, percebe-se as transformações que ocorriam na Europa entre a virada dos séculos XII e XIII, no período entre o final da Idade Média e o início da Renascença, quando as universidades surgiam no horizonte dos nascentes burgos (cidades).
A história do filme se passa na França no século XII, no período entre o final da Idade Média e o início da Renascença, e tem como personagens principais Abelard, filósofo e professor universitário da Catedral de Notre Dame e Heloise, sobrinha do cônego local, educada em um convento e com conhecimentos filosóficos e lingüísticos.
Ele é um grande seguidor dos preceitos católicos, inclusive declarando seus votos de castidade à Igreja como era exigido aos filósofos da época, mas se vê envolvido por Heloise, uma exceção para as mulheres da época, que além de possuir uma vasta cultura é uma grande contestadora dos dogmas da igreja.
A Igreja Católica, mesmo vivendo um momento em que novas forças se consolidavam no contexto sócio-político-cultural, como o surgimento das universidades e da burguesia, continuava sendo a principal autoridade do local, o filme ainda revela a postura da Igreja através de seus bispos.
Heloíse interessava pelas teorias polêmicas de Abelard, aproximando dele através de seus professores. Numa tarde em que saiu para passear com sua criada Sibyle, e aproximou-se de um grupo de estudantes reunidos em torno de alguém, seu chapéu é levado pelo vento, indo parar justamente nos pés do jovem que era o centro das atenções, Abelard. Ao escutar seu nome, o coração de Heloísa disparou. Ele apanhou o chapéu, e quando Heloísa aproximou-se para pegá-lo, ele logo a reconheceu como Heloísa de Notre Dame, convidando-a para juntar-se ao grupo. Ela recoloca seu chapéu, faz reverência e se retira.
Nesta fase da Idade Média, a filosofia era estudada pelos jovens desde que não contrariasse os ensinamentos da fé, ou seja, desde que não contrariasse as verdades exegéticas. A filosofia tornava-se submissa à fé.
Após esse encontro, sem poder tirar Abelard de seus pensamentos, Heloise, finge estar doente, dispensa seus professores e passa a interessar-se pelas obras de Platão e Ovídio, pelo Cântico dos Cânticos, pela alquimia e pelo estudo dos filtros, essências e ervas, para que Abelard seja atraído por suas atividades e venha até ela. Quando ficou sabendo dos estudos de Heloísa, vai procurara.
Ele torna-se amigo de Fulbert de Notre Dame, tio e tutor de Heloísa, que logo o aceitou como o mais novo professor de sua sobrinha, hospedando-o em sua casa, em troca das aulas noturnas. Em pouco tempo essas aulas passaram a ser ansiosamente aguardadas e, sem demora, contando com a confiança de Fulbert, passaram a ficar a sós.
Esse caso de amor esbarrou nos duros conceitos da época, que não dava abertura para o desejo, bem como não concebia que Abelard mantivesse relações amorosas por conta do seu voto de castidade. Mesmo assim, os dois desafiaram o próprio Clero, mantendo uma relação clandestina, onde ele quebra seu juramento a Deus para assumir seu amor.
Mesmo depois de descoberto o caso de amor dos dois, e Abelard sendo expulso pelo Fulbert de sua casa, eles não se separaram. Eles passaram a se encontrar onde pudessem, em sacristias, confessionários e catedrais, os únicos lugares que Heloísa podia freqüentar sem acompanhantes a seu lado.
Ela acaba engravidando, e para evitar escândalo, eles vão para Pallet, onde Heloise fica aos cuidados da irmã de Abelard, onde ela tem o filho, Astrolábio. Casam-se, depois, no meio da noite, às pressas, numa pequena ala da Catedral de Notre Dame, sem nem trocar alianças ou um beijo diante do sacerdote.
O sigilo do casamento não dura muito e Fulbert se sente ofendido e frustrado, já que desejava um casamento com um nobre, assim resolve dar um fim àquilo tudo, como castigo pela traição contrata dois carrasco para invadirem o quarto de Abelard, durante a noite, e arrancar-lhe o membro viril. Abelard reconhece a fatalidade como uma condenação de Deus por suas atitudes e resolve se tornar monge, ingressa no convento de St Denis.
Heloise, por sugestão de Abelard, também segue a vida religiosa e ingressa no convento de Santa Maria de Argenteul.
Antes da cerimonia para tornar-se uma freira, Heloise coloca o sua própria relíquia, a pena da pomba, na base da cruz. Em sua concepção não iria adorar a Deus por aquilo que ele tinha feito para Abelard.
Abelardo morreu com 63 anos e Heloise ergueu um grande sepulcro em sua homenagem, e falendo algum tempo depois, sendo, por iniciativa de suas alunas, sepultada ao lado de Abelardo. Diz a lenda que, ao abrirem a sepultura de Abelardo, para ali depositarem Heloísa, encontraram seu corpo ainda intacto e de braços abertos, como se estivesse aguardando a chegada dela.
O túmulo dos dois amantes é muito visitado até hoje, quase 700 anos depois, no cemitério Père Lachaise, em Paris, em uma tumba em estilo neogótico.
5. BIBLIOGRAFIA

http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=11697. Acessado em 17/06/2008.

www.imdb.com. Acessado em 11/05/2008.

http://www.yaranazare.com . Acessado em 17/06/2008.

Film Stealing Heaven. Em nome de Deus: 1988.

13 de jan. de 2009

Caminhando no Parque Mãe Bonifácia




Voltei a caminhar, ontem 12/01/2009, mesmo não sendo uma atividade que goste, ela me faz bem, tanto para o corpo (fora de forma ou em forma de barril de chopp) e mente (me relaxa em divagações ou apenas apreciando a natureza a minha volta, que apesar do calor de 35º e do sol às 18:00 horas, é possível além das arvorezinhas encontrar pequenos animais no Parque Mãe Bonifácia, como o macaquinho – sagüi - da foto).

Caminhar, não é nenhuma resolução de ano novo, apenas quero caminhar com mais freqüência na Mãe Bonifácia em 2009, um dos parques urbano mais freqüentado em Cuiabá-MT, que por sinal fica perto do trabalho.

O Parque Mãe Bonifácia foi inaugurado no final de 2.000 pelo então governador Dante Martins de Oliveira, possui cerca de 80 hectares, incrustado entre a Avenida Miguel Sutil e a Avenida Filinto Muller, antes uma área do Exercito Brasileiro sob administração do 44º BIMtz, uma volta completa na pista maior tem aproximadamente 4.000 metros. Foi construída com recursos da multinacional americana Enron, responsável pela Termo-Elétrica, como compensação pelos impactos ambientais ocasionados pela sua construção.

O nome do parque vem antes mesmo do projeto devido à existência de uma escrava refugiada, que pelo conhecimento das ervas era curandeira, dizem que era ela que controlava o acesso ao quilombo que por aí existia, talvez por essa razão o nome do bairro seja Quilombo. Ali podemos encontrar o Bioma Cerrado que além da vegetação rasteira e retorcida das árvores conta com os pequenos animais silvestres como pássaros, pequenos primatas como os sagüis, capivaras, répteis entre outros. Nesse espaço foram construídas as trilhas que se cruzam dando variadas opções de escolha do traçado para se andar ou correr, se preferir o desportista de final de semana (como eu) poderá utilizar um dos postos de ginástica que conta com aparelhos fixos para se fazer abdominal, barra ou simplesmente alongar. Para os visitantes há um mirante onde é possível ver uma grande parte de Cuiabá, um parquinho para as crianças se divertirem, tem ainda um coreto em metal e um palco, no estilo concha acústica, onde ocorrem apresentações teatrais ou concertos musicais de final de ano, conta com bebedouros e banheiros com chuveiros, uma praça cívica, onde é possível andar de bicicleta, e um casarão para a educação ambiental.

Caminho na Mãe Bonifácia, talvez eu consiga seguir o conselho do médico Kenneth Cooper -
www.gestaoerh.com.br/site/visitante/artigos/saud_002.php -, um dos primeiros médicos a recomendar corridas para prevenir os males da vida sedentária tais como obesidade, problemas cardíacos entre outros, pois segundo ele "É mais barato e eficiente manter a boa saúde do que recuperá-la depois de perdida":

- Deixar de fumar (não sofro desse mal);
- Manter controle da pressão e do colesterol (ainda estou no controle);
- Ter conhecimento melhor do efeito nocivo do stress (sou uma stressada assumida);
- Evitar o sedentarismo e manter o peso adequado (hehehe, preciso de entusiasmo);
- Para quem não pode ou não gosta de corridas radicais: caminhar durante 30 minutos, três vezes por semana, é uma boa alternativa (espero um melhor desempenho em 2009).

Uma pesquisa realizada em Cuiabá, com o título de "Alma Cuiabana" descobriu que entre as atividades físicas praticadas pelos moradores de Cuiabá, a favorita é a caminhada -
www.educacaofisica.com.br/noticia_mostrar.asp. Espero conseguir me livrar da preguiça e me tornar entusiasta das teorias de Cooper como era o ex-governador Dante Martins de Oliveira. Ele era adepto da caminhada, podia ser visto caminhando, mesmo quando ocupava a cadeira do Palácio Paiaguás, pelas avenidas Miguel Sutil e Antártica, em parcerias instalou diversos postos de avaliação física nas principais avenidas da capital, além de construir espaços para pratica como a própria Mãe Bonifácia e semeou a idéia como no Parque Massairo Okamura incrustado entre a Avenida Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) e a Avenida Milton Figueiredo na Morada do Ouro e Parque Zé Bolo Flor; espaços para caminhada como os encontrados no: 44º Batalhão de Infantaria Motorizada, Vila Militar na Avenida Miguel Sutil, Parque Tia Nair e a do ITEF (antiga ETF/CEFET), e em breve teremos mais um espaço em Cuiabá em homenagem ao Dante, a ser construído na região dos bairros Ribeirão do Lipa e do Ribeirão da Ponte, ainda sem previsão de inauguração, numa área anexa ao centro de abastecimento da Sanecap, tendo a principio 32 hectares, com acesso ao Rio Cuiabá. Esse parque também terá um memorial às "Diretas Já", a maquete desse projeto pode ser visitada na Estação de Tratamento e Abastecimento conhecida como ETA I localizada na Avenida Presidente Marques.

A caminhada, segundo os especialistas e nem tão especialistas assim, desenvolve o sistema cardiovascular fazendo com que o praticante viva mais (e quem não quer isso) e com qualidade (quem não quer ter 50 anos com corpo de 30), e mantém o peso ideal (é acho melhor pegar firme). E para tal já vi ótimas dicas e programas de caminhadas no site
http://boaforma.abril.com.br/, só falta escolher o meu ideal, o parque já foi eleito, o trajeto também ... só falta preparar o fôlego.

Desejo em 2009 ....


5 de jan. de 2009